Dentro
do convívio em sociedade, encontra-se presente o vínculo direto entre ação
social e tipo ideal, dada a análise do sociólogo Max Weber. Assim, tal
perspectiva prega por uma ação do corpo social, movida por valores pessoais,
sejam eles de natureza objetiva, afetiva, costumeira ou fiel a um ideal, colocando-se,
esta, na direção de se conectar com outras ações e valores. Dessa maneira, o
maior exemplo de crença seria a cultura, uma vez que é historicamente
construída e passada de geração em geração. Já o tipo ideal, tão fundamental
quanto, busca um estudo metodológico da sociedade, de modo racional e comparativo.
Deve-se reconhecer que não se procura por um modelo perfeito social, mas pelo
de estudo de uma ponte entre o utópico e o real, como forma de conceptualização
dos fenômenos ocorridos dentro da sociedade. Enfim, somente com a verdade
científica (tipo ideal) é capaz de se obter conceitos verazes.
Com
efeito, dentro da visão weberiana, o direito é capaz de influenciar ações
sociais. Assim, este insere-se dentro de uma relação de dominação e poder,
posto que é regido por ideais de classes mais altas. Além disso, deve-se
reconhecer que a área jurídica, de certo modo, defendeu, por muito tempo,
condutas patriarcais e machistas, dentro do contexto de legitimação, isto é,
aceitação destas normas como forma de modelação social. Dessarte, precisa-se,
também, entender o “justo” e o “coletivo” como válido apenas para interesses
pessoais de uma burguesia. Tais atitudes são vistas por Weber como irracionais,
mesmo que simplesmente pareçam racionais objetivas. Por fim, o sociólogo, com
essa análise, defende e critica a preponderância de certos valores e ações
sociais dentro da sociedade, já que configuram o tipo ideal a partir da visão hegemônica.
Em
suma, Weber, com sua perspectiva social, busca compreender, a partir do uso da
ciência, o modo de funcionamento da sociedade. Assim, o sociólogo numera
diversos distúrbios, os quais, no entanto, fazem-se presentes e comuns no corpo
social, fundamentando-o. Ademais, vê-se o indivíduo como centro de estudo
weberiano, mesmo dentro de entes coletivos. Enfim, deve-se ver a sociedade de
modo racional, direto e verdadeiro, assumindo suas particularidades e
preceitos.
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