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domingo, 22 de abril de 2018

Marxismo no contexto atual


Sabe-se que a história da sociedade capitalista vincula-se a luta de classes. Após a Revolução Industrial na Europa do século XVIII ocorreram profundas transformações, como a divisão do trabalho que contribuiu por segmentar o conhecimento do homem, além disso os trabalhadores não possuíam mais as ferramentas e matérias primas e conviviam com condições de trabalho degradantes.
A visão de Karl Marx surge em um contexto de greves e revoltas proletárias, junto com Engels traz a ideia de que o modo de produção capitalista é cercado de contradições, como a mais valia que caracterizaria a exploração dos trabalhadores. Assim, nesse sentido o Estado auxilia a burguesia a garantir a ordem estrutural, também o Direito protege o que é aparentemente universal, mas na realidade envolve o interesse de classe. Recentemente, o deputado Jerônimo Goergen (PP) criou o Projeto de Lei 9604, uma emenda da Lei Antiterrorismo do governo Dilma Rousseff (PT), a mudança sugerida dá margem para a criminalização de movimentos como o MTST e MST, essenciais para a democracia brasileira, dessa forma vê-se o caráter de interesse latifundiário e burguês de tal proposta.
Ademais, o conceito marxista mostra que a burguesia utiliza-se da estrutura jurídica do sistema para se apropriar de forma desigual do conhecimento, possuir alta força produtiva e ampliar os modos de produção, criando demandas para o modo de vida atual. A necessidade de expandir o capitalismo determina que os burgueses possuam visão abrangente do futuro. Em janeiro de 2018, a empresa Apple passou a ser investigada pela promotoria francesa acusada de “obsolescência programada”, abrindo debate para a questão, pois é de conhecimento público que muitas outras corporações utilizam do mesmo método, sendo esse mais um dos sintomas que o sistema capitalista carrega.
Conclui-se que uma possível forma de atenuar a questão seria combinar a revolução tecnológica e científica com a revolução jurídica e política a fim de tornar o Direito mais expressivo e correspondendo aos interesses universais. 

Jaqueline Calixto dos Santos - 1º Direito noturno XXXV

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