Na obra “Manifesto Comunista”, Karl Marx e Friedrich Engels, evidenciam que a burguesia foi a responsável aprofundar a luta de classes. Haja vista que ela foi a classe revolucionária que superou o feudalismo, sistema que restringia a capacidade dos indivíduos, rompendo com uma estrutura social vigente na Idade Média. Desde então, a burguesia dominou a sociedade, por utilizar o capitalismo como modo de libertação das forças produtivas.
Seguindo a perspectiva da História como luta de classes, haverá uma classe dominante e outra dominada. Esse cenário só poderá ser alterado quando acontecer a revolução da classe dominada. Entretanto, enquanto isso não ocorre, a classe dominante, burguesia, é quem comanda a sociedade. Sua influência é presente até no Direito, o qual deveria ser imparcial, mas serve como um meio para que ocorra essa dominação burguesa, ou seja, ele defende interesses particulares, aparentando universalidade.
Além disso, outro modo de dominação vigente é a "Sociedade Líquida", que aparenta ser um fenômeno natural pelo desenvolvimento social, mas que na verdade, é uma necessidade para que a burguesia prevaleça no poder, por meio da renovação constante das bases materiais. Desse modo, a classe dominante aplica o capitalismo como "civilização global", com fugacidade das relações sociais, expansão da circulação de bens, dentre outras características, para se manter no poder.
Logo, podemos concluir que nossa sociedade segue a "imagem e semelhança" da burguesia, pois ela influencia diretamente no modo de vivermos, seja ditando as leis ou globalizando as relações. Assim, a única esperança de mudança desse cenário é se o proletário romper com o capitalismo, tanto quanto a burguesia rompeu com o feudalismo.
Beatriz B. Buccioli - Turma XXXV Noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário