A partir do pensamento de Weber, pode-se criar uma rígida crítica ao desenvolvimento da sociedade brasileira nos moldes atuais. Isso porque, sabendo das diversas tecnologias que existem atualmente, é possível analisar que o país não se utiliza delas para tentar superar a desigualdade social. Nesse contexto, as formas de manutenção da sociedade viabilizam aquilo que seria a meritocracia, a qual é baseada numa irreal ideia de que o esforço de qualquer um na sociedade pode ser recompensado da mesma forma, sem nenhuma ligação com as disparidades que existem na realidade atual. Novamente, nota-se que o trabalho é visto como algo em supremacia, sendo base da realização do ser no meio social, haja vista que as instituições fundantes da realidade são entendidas por fontes morais de cunho burguês.
Assim, os valores morais são necessários para que se possa criar um ideal de procura do bem social, baseando- se na premissa de trabalho digno para que se consiga alcançar a plena individualidade. As sociedades modernas, que focam nessas premissas, são não só baseadas nesses ideais, mas também asseguradas por eles, a fim de manter um ciclo que consolida a base da dominação dos trabalhadores. Pode-se destacar, ainda, diversos pontos da teoria, como o foco na racionalização, o que não pode ser atingido por essa estrutura capitalista que rege a atualidade. Por fim, nota-se uma real legitimação desse processo, algo que é garantido a partir da aceitação da dominação, feita pelo enquadramento da ação, sendo isso a institucionalização.
Sabendo que a realidade pode ser aplicada a tal desenvolvimento, destaca-se que formas de entendimento de Weber estão relacionadas com o fato de que, hoje, não se pode escapar do sistema. Isso porque, além de ser algo institucionalizado, ele também é, atualmente, algo que se apresenta como insuperável, algo que pode ser mudado apenas com grandes revoluções. Analisa-se, então que Weber usa-se de sua teoria para propor um real entendimento da sociedade, focado especialmente na influência no indivíduo e nos coletivos que podem vir a ser criados nessa perspectiva.
Maria Julia Pascoal da Silva - 1º ano direito -matutino
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