“Sem pandemia, sem corrupção, com Deus no coração. Ninguém segura essa nação”. O slogan de Jair Messias Bolsonaro para sua campanha eleitoral reflete as bases que ajudaram em sua eleição: o repúdio a corrupção e a forte religiosidade no discurso. Entretanto, ao analisarmos todo o período de seu governo – e até mesmo o anterior à sua chegada ao Palácio da Alvorada – é nítido que tais ideais não procedem. O que leva um político envolvido em escândalos de “rachadinha” envolvendo sua família se portar fortemente contra a corrupção? Ademais, o que o leva a trabalhar tanto com um discurso cristão sendo que apoia a tortura? Uma análise dentro das perspectivas weberianas podem explicar.
Primeiramente,
é necessário explicar a metodologia desenvolvida por Max Weber para a
compreensão de fenômenos sociais. Para o pleno entendimento de tais
acontecimentos, os quais o sociólogo chamou de ações sociais, é necessário
entender suas motivações. Nesse âmbito, toda ação social é movida pelos valores
intrínsecos aos agentes, que visam um sentido lógico. Em outras palavras, uma
pessoa faz algo que julga como necessário dentro de suas próprias convicções.
Assim sendo, a sociologia compreensiva de Max Weber busca analisar as ações
sociais dentro do chamado “tipo ideal”, isto é, dentro do que é objetivamente
possível dentro da realidade, fugindo da total utopia pregada pelo conceito do “dever
ser”, de Émile Durkheim.
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