Comte é visto, por muitos, como o
pai da sociologia, visto que criou a chamada “física social”, elemento
essencial da filosofia positiva, ciência cujo principal objetivo é a
compreensão dos fenômenos sociais, sua relação com as demais ciências positivas
e sociais e o desenvolvimento de um método empírico capaz de explicar
racionalmente tais fenômenos.
Primeiramente,
é preciso esclarecer o que é ser uma ciência positiva, para Comte, há três
estados no desenvolvimento da sociedade e do intelecto humano: o teológico, o
metafísico ou abstrato e o positivo; transcritos em ordem de progresso. O primeiro, é
referente à fase em que o homem procurava a origem (primeira ou final) das
coisas, atribuindo, na maior parte das vezes, explicações sobrenaturais, pouco
racionais e não comprovadas àquilo proposto. O segundo é uma fase de transição
para o estágio máximo de progresso. Nesse último estado, o ser humano alcança
seu primor intelectual, esclarecendo as “leis lógicas e gerais dos fenômenos” para aplica-las
na sociedade, e manter a ordem e o progresso. Dessa maneira, a ciência, na
filosofia positiva, há intensa e progressiva divisão intelectual do trabalho, o
que leva a um estudo mais minucioso e aprofundado dos fatos sociais,
relacionando-os racionalmente com os demais fenômenos perceptíveis e com as outras ciências. Justamente, as três propriedades fundamentais da filosofia positiva são: adaptar a educação às reais necessidades humanas de determinada época, combinar as áreas do conhecimento e "corrigir a anarquia intelectual" (criar um saber homogêneo), tentando diminuir ao máximo o número de leis necessárias para explicar os fenômenos naturais.
Assim, a principal "missão" dessa filosofia é uma reforma social: restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial, manter papéis sociais e a divisão do trabalho e de classes vigente. Por essa visão, o francês foi considerado reacionário e conservador, visto que não via necessidade de fazer uma revolução igualitária na sociedade, o capitalismo precisa de diferentes classes e trabalhadores, de um grande exército de reserva.
Maria Clara Silva Laurenti, 1° ano diurno
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