Com o título de Sociologia
Compreensiva, a teoria weberiana é assim intitulada por buscar compreender o
indivíduo e partir dele a sociedade, ou seja, busca interpretar a ação
individua, levando em conta sua atividade psicológica – atividade também
condicionada pela sociedade - e assim
promover um panorama da ação social.
Para ele, análise do cientista
deve ser feita de forma objetiva, sem a utilização de juízos de valor,
distanciando-se das convicções políticas e ideológicas. A busca deve ser feita
em relação ao motivo do ato individual/social e não sobre o ensino do ato, ou
seja, não estabelecer como o individuo deve ser ou deve agir e sim como ele é e
como age. A ciência, como tal, não deve julgar, não deve se mover por princípios
axiológicos. Ela pode contribuir para a transformação com a transferência de
conhecimento.
A Sociologia seria a ciência da
realidade, e em crítica ao materialismo dialético, o mundo não se estabelece só
pela dialética da luta de classes, levando em consideração apenas o principio econômico.
O mundo real é, na verdade, um combinado de diversas dialéticas.
Weber estabelece que a ação social
pode ser estabelecida em quatro parâmetros: racional, com relação a um
objetivo; racional, com relação a um valor; afetiva ou emocional ou
tradicional. E para compreendê-la deve se deixar exalar os valores do outro e
não do cientista.
Esclarecido
o pensamento weberiano, e considerando o Direito como expressão maior da
racionalidade da moderna sociedade capitalista, analisar-se-á um fato aos
moldes weberianos.
Supõe-se
uma mulher violentada sexualmente que ficou grávida e procura um advogado que
não defende o aborto para que possa retirar o feto. O advogado como cientista
do Direito deve deixar de lado suas convicções sejam elas políticas,
ideológicas, religiosas, culturais, dentre outras e promover uma análise da mulher que o procurou, levando
em conta as questões que a atormentam como o trauma psicológico devido ao
estupro. Sendo assim fazer valer a lei, para aquele caso, novamente ressaltando, de
forma independente as suas convicções, porque quem vai praticar o ato é o outro
e não ele.
Louise Fernanda de Oliveira Dias 1º ano - Direito/ Noturno
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