O positivismo como física social e corrente filosófica surge na França, ao longo do século XIX, em um contexto social, econômico e político conturbados devido ao avanço da burguesia pela sociedade e à organização da classe operária. Elaborado por Auguste Comte, filósofo francês, o positivismo consiste no desenvolvimento do indivíduo a partir de três estágios, os quais se denominam teológico, metafísico e filosofia positiva, sendo esse último estágio aquele que indica o amadurecimento do ser e que resulta no estudo da sociedade, ou seja, a sociologia.
Paralelo a isso, o positivismo traz os ideais de ordem e progresso como condições essenciais para a existência da civilização moderna, além de objetivar, na sociedade, a formação de uma moral ativa e universal, que impõe regras e normas de comportamento coerentes com a harmonia social. Refletindo sobre isso nos dias de hoje, é possível constatar que a corrente positivista segue permeando o corpo social que integramos, já que constantemente vemos certos grupos de pessoas (classe dominante) tentando impor a outros (classe dominada) a maneira correta de falar, fazer ou comportar-se, a exemplo de situações diárias de homofobia, racismo, machismo, xenofobia, etc.
Dessa forma, observa-se que mesmo após dois séculos de tempo transcorridos, a organização social dos indivíduos transformou-se insuficientemente para o necessário de construir uma sociedade mais justa e igualitária, além da propagação da existência de uma conduta correta e mais adequada a ser seguida, que nada mais é do que uma imposição dos grupos dominantes a fim de manter a falsa impressão de harmonia social.
Bárbara Vitória Gomes Bugiga
1º ano Direito - Noturno
RA: 231222203
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