A partir da Revolução Industrial,
as relações de exploração foram modificadas. Com o surgimento da OIT, direitos
trabalhistas espalhados pelo mundo e mobilizações sociais contra a exploração,
o que se configura na prática é a exploração institucionalizada da classe
trabalhadora.
Ao trabalhador, já não é mais
reservada a senzala, ou a servidão mais exploratória possível. A modernidade
trouxe avanços além dos helicópteros e iates de luxo dos que detém o capital.
Mas se engana aquele que pensa
que qualquer regalia concedida aos que geram valor na prática é mero produto do
avanço humano. Pelo controle dos meios materiais, as elites controlam os meios
de comunicação, lazer e entretenimento. Aos trabalhadores, a bestialização e
incorporação velada em um sistema exploratório imbatível, enquanto às classes
dominantes é reservado o que os bestializados diariamente produzem através de
suas forças de trabalho.
Bom, isso quando se trata de uma
sociedade ocidental, geralmente em sistemas democráticos e extremamente
midiáticos. Em países como a China, Somália, Congo, Sudão, sequer há a
necessidade de esconder a exploração. O trabalho, seja infantil, mal remunerado
ou análogo à escravidão, sequer necessita bestializar o trabalhador, afinal,
são pessoas ou países que não geram valor ao mundo, não necessitam da mão
democrática de países historicamente dominantes na história recente e não estão
sob os olhos da mídia que afirma buscar a verdade e a notícia a todo
custo.
Dessa forma, séculos após a
instauração do método no pensamento social, tudo o que a humanidade conseguiu
produzir e modernizar é a exploração do homem pelo homem, seja velada ou não,
em um sistema que só será limitado diante do colapso total dos seus meios.
Conforme Marx e Engels afirmaram após analisarem a sociedade industrial, as inovações
capitalistas são mero mecanismo de dominação da classe trabalhadora, a análise
materialista da história é imprescindível para a compreensão de um sistema
dominante incorporador de massas e repressor quanto aos seus opositores.
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