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segunda-feira, 13 de junho de 2022

O Capital e a Sociedade

 

A partir da Revolução Industrial, as relações de exploração foram modificadas. Com o surgimento da OIT, direitos trabalhistas espalhados pelo mundo e mobilizações sociais contra a exploração, o que se configura na prática é a exploração institucionalizada da classe trabalhadora. 

Ao trabalhador, já não é mais reservada a senzala, ou a servidão mais exploratória possível. A modernidade trouxe avanços além dos helicópteros e iates de luxo dos que detém o capital.  

Mas se engana aquele que pensa que qualquer regalia concedida aos que geram valor na prática é mero produto do avanço humano. Pelo controle dos meios materiais, as elites controlam os meios de comunicação, lazer e entretenimento. Aos trabalhadores, a bestialização e incorporação velada em um sistema exploratório imbatível, enquanto às classes dominantes é reservado o que os bestializados diariamente produzem através de suas forças de trabalho.  

Bom, isso quando se trata de uma sociedade ocidental, geralmente em sistemas democráticos e extremamente midiáticos. Em países como a China, Somália, Congo, Sudão, sequer há a necessidade de esconder a exploração. O trabalho, seja infantil, mal remunerado ou análogo à escravidão, sequer necessita bestializar o trabalhador, afinal, são pessoas ou países que não geram valor ao mundo, não necessitam da mão democrática de países historicamente dominantes na história recente e não estão sob os olhos da mídia que afirma buscar a verdade e a notícia a todo custo. 

Dessa forma, séculos após a instauração do método no pensamento social, tudo o que a humanidade conseguiu produzir e modernizar é a exploração do homem pelo homem, seja velada ou não, em um sistema que só será limitado diante do colapso total dos seus meios. Conforme Marx e Engels afirmaram após analisarem a sociedade industrial, as inovações capitalistas são mero mecanismo de dominação da classe trabalhadora, a análise materialista da história é imprescindível para a compreensão de um sistema dominante incorporador de massas e repressor quanto aos seus opositores. 

 

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