O
sucesso de regime fascista se deu pela segregação e sentimento etnocêntrico em
um período crítico de entre guerras. Esse é uma forma política contrária a
revolução que, a partir da busca de um inimigo em comum, motiva a união de uma
massa. Ao se sobrepor sobre um “inimigo” isso mostra uma visão fragmentada da
sociedade, como é evidenciado pelo filme “Ponto de mutação” de Fritjof Capra,
em que uma cientista crítica a percepção individualista e fragmentada que a
humanidade possui sobre si mesma e o método científico cartesiano que analisa
partes ao invés de um todo.
A
visão individualista e de segregação se reflete em todos os campos da
sociedade, sendo reproduzido no cotidiano escolar em que há uma fragmentação do
ensino que dificulta a prática de uma visão holística e empatia, pois a partir
do conhecimento e consciência do novo e diferente se quebra padrões rotineiros.
A
partir de uma visão individualista há o perigo eminente de se desenvolverem
grupos extremos (não empáticos) uns contra os outros, sendo um grupo de extrema
direita o neofascismo que desconsidera as particularidades e direitos de todos
os indivíduos, como é mostrado no filme que cada um tem sua visão e suas
experiências porém ainda são capazes de se verem inseridos em um todo. Também é
interessante o conceito ecológico trazido no filme em que na natureza tudo está conectado e que somos frutos de um
todo e não independentes dele, pode se dizer que esse conceito é a base da
Carta da Terra, uma declaração de princípios étnicos, consciência para com o
futuro objetivando a paz, esperança e um chamado à ação.
O
pensamento individualista e competitivo se infiltrou na percepção da realidade
relativa aos outros, isso é muito bem exemplificado pelo principio da
meritocracia. Para mudar essa realidade é necessário mudar a percepção sobre
ela, criando uma visão transversal e interdisciplinar a partir do conhecimento
e consciência do todo ao invés de suas partes.
Monique Santos Fontes
1
ano Direito Noturno
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