O Fascismo pode ser
defino como um regime político totalitário, teve sua ascensão em 1922 na Itália
quando o ditador Benito Mussolini assumiu sua liderança. Esse período foi
marcado por grande repressão da oposição que não concordava com os pensamentos
de uma política nacionalista. As características do Fascismo se baseiam em um
Estado que detém todo o poder, conservador, antidemocrático, que combate a
classe operária, usa a violência (militar) para reprimir a sociedade, e prega
que um líder forte será capaz de sanar todos os problemas (principalmente
econômicos) do país, governado pela elite.
Na atual política brasileira podemos
notar características semelhantes com o fascismo, o surgimento do neofascismo
está rondando o país. A pergunta a se fazer é como escapar da regressão
política que nos ameaça?
Em Novum Origanum, o filósofo Francis
Bacon apresenta a teoria dos ídolos, onde os ídolos são os bloqueios, as
distrações que prejudicam o pensamento racional, com autonomia. Os ídolos da
caverna descreve o comportamento dos seres humanos na busca da realização dos
seus prazeres individuais, esquecendo o universal, o corpo social. A sociedade
precisa ser olhada de forma abrangente, cuidando das necessidades do todo, a
desigualdade social é um grande problema enfrentado no mundo, mas os
capitalistas só pensam em vender sua mercadoria para consumidores que nunca
ficarão satisfeitos. A política do liberalismo agregada ao fascismo traz a
ilusão de que a coletividade será capaz de realizar seus sonhos, tirando a capacidade
de enxergarmos esse regime que lesa muitos direitos e faz a concorrência ser
mais significativa que todos nós.
O filme ponto de mutação nos remete no
mesmo paradigma, mas sob a perspectiva de René Descartes, onde a visão
mecanicista do filósofo é criticada. Nos dizeres de Descartes “para se conhecer
o todo, basta conhecer as partes” significa que a sociedade deve ser dividida
entre partes (dissecada) para que cada um faça parte de um todo, ou seja, de um
sistema mecânico. Esse raciocínio não é o modelo ideal para combater o
individualismo que conduz o fascismo, devemos partir para uma visão sistêmica,
ver o todo de maneira ampla e analisar os anseios do corpo social, como
proposto por Bacon.
Os cidadãos clamam por educação pública de qualidade
Saúde básica, alimentação, trabalho
Mas os direitos são violados na verdade,
o pobre quer uma terrinha pra morar, plantar
O rico quer juntar mais mercadorias para se realizar
Enquanto o negro enfrenta o racismo
A mulher morre, feminicídio
a diversidade cultural não é aceita
o ódio, a intolerância é espalhado
onde homossexuais são mortos
O ser humano precisa acordar, precisa lutar
Ou 1964 vai recomeçar.
Joyce Mariano Santos
Direito noturno – 1º ano
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