Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A engrenagem sociológica



  Grande  sociólogo e filósofo francês, Émile Durkheim (1858-1917) preocupa-se em definir integralmente conceitos que julga significativos assim como busca reivindicar cientificidade para a sociologia através do desenvolvimento da desta como ciência empírica e objetiva, uma vez que esta não é assim tida ainda pela sociedade com pensamento um tanto quanto obsoleto de seu tempo.

  Primeiramente, há de se ter em mente o que o autor considera como "fato social". Para ele, a definição abrangeexistência de normas morais a serem seguidas pelos indivíduos, sua maneira de ser e de agir. Ainda, como definição: "Fato social é toda maneira de fazer, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coação exterior; ou ainda, que é geral no conjunto de cada sociedade tendo ao mesmo tempo existência própria, independente de suas manifestações individuais.” Assim, o fato social é um conjunto de condutas exteriores ao indivíduo e são comuns a todos em uma sociedade. Durkheim identifica nos fatos sociais três tipos de características: a exterioridade (uma vez que o indivíduo surge depois da sociedade e esta impõe sobre ele certas atitudes) , a coercitividade (decorrente da coerção social) e a generalidade (aplicado a todos os indivíduos da sociedade, é coletivo). Um exemplo de fato social é a educação, uma vez que esta molda e direciona os indivíduos para serem adeptos a certo tipo de comportamento desejado.
Em segundo plano porém não menos importante, tem-se a questão do método e o objeto de estudo da sociologia. Com certa influencia de Comte, acredita que a Sociologia deveria se firmar como ciência independente em meio a outras ciências positivas. Em seu livro As regras do método sociológico, define as regras do método, claramente voltadas para a investigação e explicação sociológicas.
Ainda, define "causa eficiente" como uma resposta a certa necessidade da sociedade, como aquilo que a fornece funcionalidade com fluidez. Em sua ausência, casos desagradáveis podem ocorrer.
Para concluir todo seu pensamento numa só ideia, pensemos na sociedade como uma engrenagem de relógio. Cada peça (indivíduos) que a compõe deve seguir seu dever de exercer sua devida função (funcionalismo). Quando, por qualquer que seja o motivo, uma peça pára de cumprir seus deveres, há um desequilíbrio (falta de causa eficiente). No caso, o que deverá ocorrer é a punição para parte "infratora", não interessante para o bom funcionamento da grande máquina. Assim, nessa relação na qual tudo está interligado, não há espaço para aqueles os quais não interessam obedecer a norma. Estes são eliminados (sofrem punições), a fim de que o funcionamento da sociedade como um todo continue formidável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário