Durkheim explica que
fato social é tudo o que ocorre no interior da sociedade, que normalmente
apresentam generalidades. Dessa forma, explica que não há acontecimentos que
não são fatos sociais, já que a sociedade é constituída de maneiras “certas” de
se viver.
Os fatos sociais,
explica, são as maneiras de agir, pensar e tudo o que acontece socialmente, que
é exterior a nós, e apresenta-se coercivamente, mesmo que de maneira oculta,
como por exemplo, no Brasil existe um forte pensamento cristão, que se
manifesta através de ensino religioso nas escolas – em casos mais extremos e
raros –, no próprio dinheiro que vem com frase “Deus seja louvado”, no caso de
órgãos públicos que apresentam crucifixos, enfim, existem vários meios que
manifestam o cristianismo como predominante no País e de certa maneira impõe a
doutrina religiosa. Inclusive, Durkheim cita a educação das crianças, que é
moldada para se ajustarem na sociedade, seguindo por esse viés, é nítida como a
religião predominante em uma sociedade vai necessariamente interferir na
criação.
Do mesmo modo, é
possível exemplificar a teoria de Durkheim com a manifestação da visão da mulher,
que se perpetua na sociedade brasileira desde a colonização. É possível
observar que a mulher tem objetivos a serem concluídos, como, por exemplo, a
maternidade, a criação adequada dos filhos, o casamento bem sucedido, coisas
que se não forem alcançadas no “tempo certo” considerado socialmente, resulta
na visão de fracasso, o que não ocorre com o sexo oposto, que tem tarefas para
preservar sua masculinidade, por exemplo, ninguém fala para um homem de meia
idade que ele está muito velho para arranjar uma parceira, já para mulheres é
dito. É nítida uma diferenciação no tratamento dos sexos e isso se resulta de
um fato social e de como ocorre à criação diferenciada desde o principio das
crianças.
Durkheim explica que
não necessariamente os fatos sociais servem para sanar as necessidades, eles
podem já ter sido úteis ou podem jamais terem sido. Ele também explica que muitos
fatos sociais se transformaram com o passar do tempo, como por exemplo, o
Cristianismo.
“O
que mostra bem a dualidade dessas duas ordens de pesquisas é que um fato pode
existir sem servir a nada, seja porque jamais esteve ajustado a algum fim
vital, seja porque, após ter sido útil, perdeu toda utilidade e continuou a
existir pela simples força do hábito (...) Portanto, as causas que o fazem
existir são independentes dos fins aos quais ele serve.”
Durkheim explica que a
sociedade é muito superior ao individuo, em quesito tempo e espaço, mas não é “paralela”
a ele. Para se existir sociedade, é necessário “que essas consciências estejam
associadas, combinadas, e combinadas de certa maneira; dessa combinação que
resulta a vida social e, por conseguinte, é essa combinação que a explica.” (p
80), ou seja, é necessário que haja certa sintonia entre os indivíduos.
Durkheim, porém explica
que existem muitos modos de traçar o mesmo caminho, mas os fatos sociais guiam
de certa forma, a história. A filosofia
antiga, explica sempre se limitou a descobrir o sentido no qual se orienta a
humanidade, por isso o fato do número de relações casuais serem tão restritos. Ele
se baseia na linha do tempo a elaboração de sua teoria.
“Os
acontecimentos atuais da vida social derivariam não do estado atual da
sociedade, más dos acontecimentos anteriores, dos precedentes históricos, e as
explicações sociológicas consistiriam exclusivamente em ligar o presente ao
passado.”
Aproximando a teoria de
Durkheim ao momento atual, é nítido como certos fatos sociais ainda se perpetuam
como já se foi citado, o cristianismo é um exemplo, o papel tanto feminino
quanto masculino, assim como tantos outros hábitos, vistos como particulares
são fatos sociais.
Barbara Moreira Ortiz - 1º Ano Direito Matutino.
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