Dentre as contribuições de René Descartes,
filósofo francês do século XV , para a filosofia e para a ciência, está o seu
método cientifico, descrito em sua obra “O discurso do método”.
O método cartesiano é
reducionista, visando à especialização dos setores para assim obter maior
proveito dos recursos da natureza e aplicar os conhecimentos para produção de
remédios, tecnologia e outras ferramentas para o homem.
É inegável a importância do
pensamento cartesiano, que revolucionou a ciência e inspirou as Revoluções Industriais
e tecnológicas, mas, será que este método seria o método ideal? Francis Bacon
prega que sim, argumentando que o conhecimento por si só de nada vale, que o
conhecimento precisa de um fim prático.
Em contrapartida, o filme “Ponto
de mutação” faz uma crítica muito válida ao pensamento de Descartes. O filme,
baseado na obra homônima de Fritjof Capra, coloca o pensamento cartesiano em
xeque, apresentando o pensamento holístico. O pensamento holístico vê o todo como
interligado, indissociável, como os órgãos de um organismo.
A falha do pensamento cartesiano
é justamente essa, ao fragmentar demais as coisas, abandona-se a ideia de todo.
O estudo muito específico das partes nos faz abandonar o conhecimento de todo.
Ao explorar-se a natureza em
benefício do homem, visando a especialização das partes tecnológicas esquece-se
de sua vital importância para o homem. Em meio a tantos problemas como aquecimento
global, inversão térmica, chuva ácida, talvez seja a hora de pensar mais no
todo.
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