No filme de Bernt Capra “Ponto de Mutação” baseado no livro homônimo
de Fritjof Capra, levanta-se a questão da aplicabilidade do pensamento
cartesiano de relações complexas cujo pensamento não pode ser reduzido a uma
analise compartimentalizada.
Para Descartes e Bacon o mundo e natureza deveriam ser
dominados, por meio de uma ciência analítica, para servir aos imediatismos
humanos; no entanto, o pensamento sistêmico - evidenciado no filme pela
personagem Sonia – considera a existência de interdependências e interconexões
entre os mais distintos entes do mundo (o social, o econômico, o natural, o
cientifico) e exalta a importância de se agir e pensar tendo em mente os
resultados e consequências que se pode acarretar.
Pelo pensamento do filme e aplicando-o a nossa realidade, o
agente do direito deve buscar sempre analisar o mundo e os problemas em questão
de forma holística, sabendo que suas ações têm profundos reflexos no
funcionamento da sociedade. No entanto, deve se ater à realidade, sabendo que
cada caso deve ser analisado com profundidade, mas não pode ocupar-se
exacerbadamente de questões que dizem respeito ao legislador, nem fugir da
função social do direito.
Desta forma, o agente do direito, lida com a dialética de ser
agente e ferramenta social: é acionado para resolver problemas já instaurados
com parâmetros já definidos, não obstante deve buscar em suas ações a
temperança e considerar os resultados e as causas das questões sob sua guarda.
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