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domingo, 15 de abril de 2012

Conexão com a prática


No filme “Ponto de Mutação”, adaptação do livro de Fritjof Capra, há a apresentação de um pensamento sistêmico totalmente integrativo, sustentado por uma idéia de que todas as coisas estão conectadas, revelando uma cadeia de disposições e acontecimentos sem condições exatas de compreensão pelo homem. Esse pensamento, segundo o que é dito no filme, pode ser aplicado nas diversas áreas do conhecimento e da vivência social.
O conforto trazido ao indivíduo pela ignorância ou pelo descaso em se abrir para o novo, em analisar as ações por diferentes pontos de vista, é o que deve se abolir ao utilizar esse pensamento, capaz de fornecer uma abertura ao entendimento da interdependência dos fatos cotidianos.
Ao utilizar esse principio como técnica na aplicação das leis e das políticas públicas, é certo que, a longo prazo, teremos uma mudança no caráter do direito. Como sabemos, o direito é exercido por profissionais com suas próprias características morais e ideológicas, suas crenças políticas e religiosas, que julgam diferentes casos que não se enquadram em um padrão perfeito. Essa diferença entre cada indivíduo e cada ação é que deve ser analisada levando em conta um parâmetro de integração com a realidade social e econômica, ambas regentes de toda nossa sociedade atual.
Entretanto, é no mínimo inalcançável a perfeita integração das normas jurídicas com um julgamento ético sobre todos os casos especificadamente. A responsabilidade do juiz, promotor ou advogado está na conciliação dos interesses coletivos da sociedade ou individuais de uma pessoa com o que ditam as leis.
Em outras palavras, a aplicação prática do direito deve seguir a evolução que a humanidade adquiriu ao longo do tempo e a complexidade dos problemas sociais atuais. Não há somente uma causa e uma consequência para cada problema existente, assim deve se abranger as possibilidades ao, por exemplo, aplicar a jurisprudência, interpretar um artigo.

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