No filme “Ponto de Mutação”, nos deparamos com uma forte
crítica ao atual sistema em que vivemos: o da especialização, separação e
reducionismo das áreas, tanto na medicina, quanto na economia, biologia ou
psicologia.
Tal método científico foi introduzido pelo francês
René Descartes, no século XVII e se caracteriza pela análise do reduzido,
separando cada área para uma análise mais detalhada, prejudicando o conhecimento
integral ou holístico. A crítica também é estabelecida ao pensamento de “escravização
da natureza” proposto pelo Francês, no qual ele defende a ideia de que se deve
estudar a natureza e, após entender seu funcionamento, usa-la a favor das
necessidades humanas, esquecendo-se de avaliar os danos causados a ela mesma e,
posteriormente, refletidos aos homens. Descartes enxergava a natureza e o mundo
como uma grande máquina; dessa forma, acreditava que ao conhecermos as ‘peças’
integrantes dessa maquina, conheceríamos o sistema e então poderíamos usa-lo ao
nosso favor.
O método de Descartes é posto em cheque ao avaliarmos
a sua validade ao analisarmos o mundo atual, cada vez mais complexo. O filme
baseia sua crítica ao afirmar que, ao analisarmos a realidade em partes,
acabamos não entendendo o todo, tornando clara a defesa de um pensando
holístico e sistêmico, onde tudo está interligado e é indissociável.
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