O filme Ponto de Mutação aborda um diálogo entre um
político, um poeta e uma cientista em um castelo medieval. Em tal diálogo,
acaba se sobressaindo os ideais da cientista, que faz forte crítica ao ponto de
vista cartesiano e ressalta uma ideia de uma vida em sociedade toda baseada em
relações de interdependência.
A técnica Cartesiana, afirma que por meio da análise de cada
parte dos objetos, é possível chegar a uma conclusão final e entender o todo.
Contrariamente a essa ideia, a cientista afirma que tal visão de mundo está
ultrapassada e que deve ser mudada, a fim de que as pessoas possam analisar as
relações de interdependência existentes na natureza. Assim, com tal análise,
não se deve olhar separadamente para os problemas, mas considerar todo o
emaranhado de relações existentes no mundo e as dependências entre os objetos e
a natureza, a fim de se chegar a um mundo mais sustentável.
Não se deve considerar somente as partes de um
acontecimento, e sim todo ele, com todas as suas dimensões. No mundo em que vivemos
nada consegue sobreviver sozinho, todos necessitam de uma série de fatores que
acabam por levar a uma teia de relações, cada vez maior e com mais integrantes.
Todos dependem de algo, seja a família, objetos, ou até seres inanimados, que
acabam trazendo segurança e conforto para a vida.
Dessa forma, percebe-se que essa teoria de relações está
completamente relacionada ao Direito. Em uma situação onde um indivíduo comete
um crime, ou um ato que vai contra a lei, ele abala toda essa cadeia de
relações e todas as conexões existentes nela, levando a uma ruptura na sociedade,
na qual o poder vigente tenta solucionar por meio da aplicação de penas e da
justiça.
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