A diferença é tão óbvia, porém tão difícil de ser aplicada. Basta uma folheada nos jornais, nas revistas para se deparar com casos e mais casos que confundem o público e o privado. Transformam um em outro e outro em um.
Na política, isso já virou rotina e a rotina virou normalidade pra todos os cidadãos. São viagens, compras, despesas pessoais... Tudo gasto nos cartões corporativos. Apadrinhados, criação de cargos falsos com a finalidade de arrecadar mais. Até mesmo na vida daqueles que não se envolvem na política a confusão entre público e privado é realizada constantemente. Pagar impostos significa ser livre e implica a sensação de “poder”. “Pago os meus impostos, faço o que eu quiser” é dessa maneira que se vive hoje.
Max Weber, nessa questão entre o público e o privado, leva à indagação: será que é possível delimitar tais fronteiras? Talvez, se o homem não tivesse se tornado egoísta ou individualista a ponto de querer ter força e influência no mundo, isso seria possível. Mas toda essa impulsividade pelo ganho, por tentar ser o melhor, propicia tais atos tanto na vida política quanto na vida comum.
Não podemos fechar nossos olhos para a realidade. Não podemos fingir que está tudo bem. Não podemos negar aquilo que está escancarado. Não podemos virar as costas para a nossa própria vida... Tudo reflete em nós mesmo e a cada dia que passa o irreversível se torna mais evidente.
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