Karl Marx e Friedrich Engels foram dois filósofos que muito criticavam o idealismo hegeliano, pois o consideravam abstrato, negando o pensamento puramente metafísico, e trazendo uma abordagem mais real, que ficou muito conhecida como Materialismo Dialético, que considera que as respostas para os problemas de uma época não estão simplesmente nas ideias, mas sim em toda a história, buscando uma resposta na experiência histórica. E, para os filósofos, esse novo modo científico, seria formado por uma tese, afirmação, uma antítese, negação, que resultariam em uma síntese.
E devido a esse novo modo de pensar, Marx e Engels criticavam os primeiros socialistas, que queriam colocar o socialismo como ciência, pois assim se teria uma fragmentação dos objetos para se obter clareza, ou seja, um isolamento causando uma tese sem espaço para a antítese, que seria no mais, a própria negação da dialética. Dessa forma, eles assemelham a dialética como o espelho da natureza, pois, devemos olhar para o todo, para que assim compreendamos melhor os fenômenos, não basta que olhemos árvores, temos que nos ater ao bosque, para podermos entender o que ali está sendo construído.
Os pensadores ainda trazem uma reflexão a cerca de que o modo a maneira como enxergamos algo é determinada pela forma como vivemos, pela forma como trabalhamos. E se trouxermos essa assertiva para o século XXI poderemos compreender que se faz real, pois a forma como quem nasce no Ocidente, que em geral são formados por capitalistas individualistas com um estado laico, enxerga as populações Orientais, que em parte apresentam um estado com influencias religiosas, ou ainda que apresentam países comunistas, que vivem estados totalitaristas, é uma forma preconceituosa, pois para os ocidentais uma vida pautada nesse tipo de estado e nessa forma de produção não faz sentido, e o inverso também é verdadeiro, ou seja Marx e Engels estavam certos ao afirmarem que o nosso meio de produção influencia o nosso meio de enxergar a vida. Ou seja, a vida real nada mais é do que a expressão da vida material.
E isso se faz real a cada dia mais, pois os indivíduos influenciados pelo capitalismo, dão muito mais valor as horas de trabalho, ao valor numérico que aparece em suas contas todos os meses, ao que podem oferecer para seus sucessores para que possam estar melhor preparados para enfrentar o mundo capitalista, ou seja, toda a vida humana foi forjada para que o capitalismo sobreviva, o dia a dia de cada pessoa nada mais é do que a expressão do nosso sistema, a vida deixou de ser vivida para ser vendida.
Aluna: Pietra Bavaresco Barros - 1° ano Direito diurno
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