A obra de Marx e Engels se inicia
no materialismo dialético, método científico de análise da sociedade oposto ao
idealismo dialético de Hegel. Este último defendia o pressuposto de que a
explicação do mundo está nas ideias, na razão, e apenas o que é racional é
verdadeiro. A partir dessa teoria, Hegel e os demais idealistas alcançavam
falsas percepções da realidade, porque não investigavam o cerne do problema – a
causa e as condições históricas, como faziam Marx e Engels.
Mais tarde, Marx e Engels partem para a análise do
Capitalismo, e, embora a obra esteja carregada de ideologias particulares,
trata-se de uma análise científica de todo um processo histórico que culminou
na ascensão e dominação burguesa. Uma classe inicialmente revolucionária,
responsável por romper as amarras do feudalismo e impor a liberdade acaba
tornando-se, mais tarde, a própria figura da exploração. A burguesia, em escala
muito maior do que o feudalismo europeu, conseguiu instaurar a dominação de
classe em perspectiva global. Em todos os cantos do mundo passou a existir a
polarização burguês-proletário, o que justifica a máxima marxista “Trabalhadores do mundo,
uni-vos!”, pois, de acordo com a obra “O manifesto comunista”, somente o
operariado seria capaz de superar o capitalismo, pois constitui a base dele:
sem a força de trabalho, a base burguesa quebra. O social-comunismo é, então,
um fim necessário, fruto da luta de classes e não mera criação da razão humana.
Maria Eduarda T. S. Léo - diurno
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