Muitas vezes as pessoas consomem ou utilizam produtos e nem mesmo se questionam de onde estes produtos se originam. O desinteresse pela procedência de tais produtos é um dos motivos por situações como trabalho infantil e escravidão, por tantas vezes, passarem ainda desapercebidas. Devido a isto, são diversos os casos de notícias sobre multinacionais que foram acusadas de exploração como atividade de obtenção de máximo lucro, como foram os casos: da Coca Cola, da Victoria's Secret, entre outras.
Nas obras: "Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico" de 1887 do revolucionário alemão Friedrich Engels e "O Manifesto Comunista" de 1848 do filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista, Karl Marx em conjunto com Friedrich Engels, é abordado o materialismo dialético e a luta de classes.
O materialismo dialético consiste na concepção de que o ambiente, os organismos e os fenômenos físicos são responsáveis por moldar o ser humano, os animais, a sociedade e a cultura, assim como estes seriam responsáveis por moldar aqueles. Para Engels e Marx, diferentemente de Hegel, dever-se-ia partir do racional para o real, da verdade das determinações para o pensamento, assim Marx afirma:" “O concreto é concreto porque é a síntese de muitas determinações (...). Por isso, o concreto aparece no pensamento como processo de síntese, como resultado, não como ponto de partida (...)”.
Em "O Manifesto Comunista", Marx e Engels buscaram abordar sobre a constante luta de classes, onde sempre haveria o opressor e o oprimido, e tudo isso se dava em busca da mais-valia, isto é, da busca máxima de lucro através da exploração do trabalho. A respeito disto, eles afirmam: "A necessidade de um mercado em expansão constante para seus produtos persegue a burguesia por toda a superfície do globo. Precisa instalar-se em todos os lugares, acomodar-se em todos os lugares, estabelecer conexões em todos os lugares."
Com base nestas duas obras podemos observar os principais aspectos da exploração do trabalho que ocorre ainda atualmente. A questão de haver opressores (multinacionais) e oprimidos (crianças e pessoas em trabalho escravo), se dá devido a síntese de muitas determinações, principalmente do modo de produção. A necessidade de se obter o máximo proveito sobre o trabalho é o que mantém o nexo dessas relações.
Por fim se concebe que os produtos consumidos, muitas vezes se mantém apenas na visão, no que pode ser captado, desconsiderando o processo de produção. A primordialidade neste caso seria a produção barata de mercadorias rentáveis, por isto são ainda tão frequentes e negligenciados os casos de exploração infantil e escravidão.
(Isabela Rafael Soares - 1º Ano Direito Noturno)
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