A revolução frente ao atual cenário político
brasileiro
Karl Marx explica as mudanças
na história através do materialismo dialético e da luta de
classes. O feudalismo passava por uma grave crise entre os séculos
XIII e XVI, causada pelos defeitos do próprio sistema, e nesse
momento ocorre o renascimento urbano e comercial, dando origem a uma
nova classe: a burguesia. Assim, tese e antítese se confrontam,
dando origem a uma nova organização política e econômica. A mesma
linha de raciocínio guia a ideia marxista sobre a revolução do
proletariado, que causaria o fim do capitalismo e surgimento do
comunismo.
A conjuntura política do Brasil
apresenta uma nítida bipolarização: a esquerda representada pelo
Partido dos Trabalhadores e a direita representada pelo Partido da
Social Democracia Brasileira. Nos últimos tempos, porém, percebemos
que não há tanto distanciamento entre ambas as partes. A esquerda
tem se aproximado de partidos de ideais contrários aos seus na
tentativa de manter-se no poder e de garantir a governabilidade. Além
disso, após cerca de 13 anos de governos de esquerda, a então
presidente Dilma Rousseff é afastada do cargo.
O enfraquecimento da esquerda na
política brasileira poderia significar a diminuição dos ânimos de
uma possível revolução e, consequentemente, afastar a realidade
das ideias marxistas. Entretanto, segundo Marx, enquanto a sociedade
de classes existir, enquanto a relação opressor e oprimido não for
interrompida, haverá certa atualidade na revolução. Mesmo aqueles
que não defendem o comunismo como alternativa ao capitalismo passam
necessariamente pelos estudos de Marx para propôr um novo sistema.
Gabriela Fontão de Almeida
Prado (diurno)
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