Agora não mais focado nos idealismos hegelianos, não mais preso em realidades mentais que surgem através de uma construção do inconsciente, finalmente focado na ação humana, do agir, do já e explorando como tudo ao redor do homem se relaciona com sua forma de pensar. Colocados os pés no chão, avista-se camponeses, proletários e burgueses, buscando a sua emancipação, esta construída por tempos de transformações sociais e percorrendo uma longa trajetória, com a análise desde a origem ao resultado, é nítido que as conquistas humanas fogem muito do ideal de merecimento para ser uma conquista necessária pela luta. Assim como atletas não esperam menos que o reconhecimento de suas habilidades em grandes competições, o homem espera que a história avance uma vez que ele trabalha para muda-la.
O real modela o futuro, não só o ideal da razão. Dessa forma o materialismo dialético busca o espaço de luta social para a mudança de uma dada ordem, apresentando-se através três aspectos: a tese, a antítese e a síntese, um exemplo clássico seria a ideia da meritocracia como tese, sua antítese seria a luta entre os que se beneficiam contra os prejudicados pelo conceito meritocrático resultando finalmente na sínteses que traria implantação de cotas que insere os vários estratos sociais em um mesmo espaço complementando e transformando ele. Assim é posto que o método dialético reforça a busca por determinações originais do ser para moldar a sociedade, tudo que circula no real humano influencia diretamente em suas ações e também constrói o seu modo de agir, com isso nada pode se resumir a uma primeira impressão, porque tudo é fruto de uma construção complexa. Tudo muda como através da ação humana e não só de ideias que fundamento o pensamento da sociedade.
Nathália Galvão
Direito Noturno
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