Karl Marx, um filósofo, sociólogo, jornalista prussiano e Friedrich
Engels, teórico revolucionário alemão, foram os autores do materialismo
dialético como método científico, usando para a análise crítica da sociedade e
assim o entendimento da necessidade e forma como deveria ser realizada uma
revolução do proletariado culminando no socialismo.
O materialismo
dialético se dá pela oposição entre uma tese e antítese, sintezando uma síntese
da problemática. Esta de materialista, pois parte da análise daquilo que é
real, situações apresentadas no cotidiano, buscando a causa, podendo ser por
exemplo a experiência histórica, contudo não a simples explicação racional. Portanto
esta forma de materialismo supera a filosofia tradicional, possibilitando uma
interpretação mais complexa da realidade, uma vez que não parte da ideia de que
a realidade é uma projeção de uma abstração universal dela, assim entende-se
ela como um todo, um processo que tem como resultado uma consequência concreta.
Como método
científico, o materialismo é usado na criação de um raciocínio lógico baseado
na realidade, fatos observados no cotidiano que se correlacionam. Tem-se como
exemplo prático o racismo na atualidade brasileira. Analisado por uma
perspectiva empírica, este é parte da realidade, simplesmente pelo fato de ser,
como um episodio isolado do todo. Já pela perspectiva marxista o racismo é consequência
da escravidão e degradação da condição do negro durante o processo histórico mundial,
mas especificamente o brasileiro.
Toda a
sociedade pode ser analisada através do método do materialismo dialético. Assim
fez Marx e Engles determinado que o eixo principal dela é a produção e acumulo
de capital. O papel da burguesia é maximizar este acumulo, através da compra da
força de trabalho do proletariado, único bem que o último detêm. Como forma de
sua manutenção no poder a burguesia, dona dos meios de produção, usa do aparato
estatal, bem como dos meios de comunicação para disseminar sua ideologia e
assim mais facilmente submeter a classe operaria, mantendo a coesão social do
sistema capitalista. Para o rompimento desta coesão é necessária a conscientização
da classe proletária para assim haver uma cooperação eficiente entre ela e a
tomada dos meios de produção, e consequente rompimento do sistema.
Júlia Barbosa - 1°ano Diurno
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