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segunda-feira, 21 de março de 2016

Francis Bacon e as consequências do progresso

Bacon, ao elaborar a “Teoria dos Ídolos”, manifesta sua insatisfação com a visão da ciência em sua época, que mostrava-se distorcida, repleta de noções falsas criadas pela mentalidade humana, influenciada tanto por elementos externos como por inerentes do ser. 
Desta maneira, ao expurgar seus ídolos, o filósofo encontrou em sua abordagem indutiva e experimental sobre o saber, a maneira mais segura e verídica de se praticar ciência.

E ao criticar e antagonizar o raciocínio silogístico de Aristóteles – amplamente utilizado por filósofos da época –  Bacon abriu caminho para a metodologia cientifica e através de avanços técnicos, a utilização da natureza em prol do homem.

Sua busca pela dominação dos meios naturais, se por um lado resultou em um enorme progresso científico tecnológico para a humanidade, também é razoável contrapor que a influência de seu pensamento torna-se, por assim dizer, parte responsável pelo alarmante problema da degradação do meio ambiente em que hoje vivemos.

Digo com relativa certeza que o progresso que Bacon tanto almejou foi alcançado, a natureza está subjugada ao poder do homem; e sem negar a importância de seu método científico, também devemos estar conscientes do outro lado de seu legado e suas temíveis consequências na esfera ecológica, que ainda vêm se desdobrando a toda força neste avanço tecnológico característico do século XXI. 

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