Bacon, ao elaborar a “Teoria dos Ídolos”, manifesta sua insatisfação
com a visão da ciência em sua época, que mostrava-se distorcida, repleta de noções
falsas criadas pela mentalidade humana, influenciada tanto por elementos externos
como por inerentes do ser.
Desta maneira, ao expurgar seus ídolos, o filósofo
encontrou em sua abordagem indutiva e experimental sobre o saber, a maneira
mais segura e verídica de se praticar ciência.
E ao criticar e antagonizar o raciocínio silogístico de Aristóteles
– amplamente utilizado por filósofos da época –
Bacon abriu caminho para a metodologia cientifica e através de avanços
técnicos, a utilização da natureza em prol do homem.
Sua busca pela dominação dos meios naturais, se por um lado
resultou em um enorme progresso científico tecnológico para a humanidade,
também é razoável contrapor que a influência de seu pensamento torna-se, por
assim dizer, parte responsável pelo alarmante problema da degradação do meio
ambiente em que hoje vivemos.
Digo com relativa certeza que o progresso que Bacon tanto almejou
foi alcançado, a natureza está subjugada ao poder do homem; e sem negar a importância de seu método científico, também
devemos estar conscientes do outro lado de seu legado e suas temíveis consequências
na esfera ecológica, que ainda vêm se desdobrando a toda força neste avanço tecnológico
característico do século XXI.
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