Na obra “O
Manifesto Comunista”, Karl Marx e Friedrich Engels expõem as principais amarras
do sistema burguês ao desenvolvimento do proletariado, a situação de
subordinação a qual a classe dominante submete sua atual oposição na luta de classes
e prediz uma revolução do proletariado que eliminaria a propriedade privada e
consequentemente a exploração econômica, a mais-valia e a desigualdade social.
Segundo o texto, todas as classes dominantes
já existentes na História foram, em algum momento, classes oprimidas, que
ganharam poder a partir de uma revolução. Dessa forma, a própria burguesia
fora, no momento da Revolução Francesa, revolucionária a ponto de mudar a
estrutura econômica e política da época. Entretanto, ao atingir o poder, teria
adotado um comportamento semelhante a dos seus antigos opressores e dominado os
meios de produção de maneira a tornar impossível o crescimento das classes mais
abastadas e levando todos os pequenos produtores à exclusão. Dessa forma, não teria devidamente alterado a estrutura social da época.
Tal exclusão
se dá ao transformar o mundo, outrora separado, rapidamente em uma verdadeira
aldeia global, unido por trilhos de trens, nações de economias semelhantes e
mercados interligados. Além disso, teria o capitalismo provido pela burguesia
convertido o mérito pessoal em valor de troca, a exploração dissimulada da
igreja e das práticas políticas em uma extorsão deliberada, direta, aberta e
legal, por meio do capital.
No entanto,
assim como a História para Marx e Engels provava, o capitalismo acaba por
originar crises cíclicas e autodestrutivas, que arruinariam o domínio da
burguesia, mas ainda mais do proletariado desfavorecido. Essa fatalidade só
poderia ser evitada a partir de uma revolução proletária, que desse a esse o domínio
político para revolucionar inteiramente o modo de produção. Apesar das medidas
a serem adotadas não serem as mesmas em todas as nações, seguem evidentemente a
mesma linha: abolição da propriedade privada; abolição da herança; confisco de
propriedades; centralização de crédito nas mãos do Estado; responsabilidades iguais
para todo o trabalho; educação gratuita para todas as crianças em escola
pública, entre outros. Para Marx e Engels, essa seria a única forma de
condicionar o desenvolvimento livre e igualitário de todos, finalmente, evitando a manutenção da destrutiva luta de classes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário