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segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Marxismo: Teoria da Dependência e o Homem Moderno

Os princípios tornaram-se utopia, as crenças alienação. Bauman, em sua obra Em Bsuca da Política, inicia argumentando os motivos pelos quais os homens modernos  ignoravam sua luta ideológica, e concluiu que, simplesmente, por considerarem tudo uma grande utopia. A qual proporcionava, apesar da insatisfação, uma frágil sensação de segurança mas sólida de acomodação:

Tendemos a nos orgulhar do que talvez devesse nos envergonhar: de viver numa época “pós-ideológica” ou “pós-utópica”, de não nos preocuparmos com uma visão coerente de boa sociedade e de ter trocado a preocupação com o bem público pela liberdade de buscar satisfação pessoal. (BAUMAN, 1999, p. 16)

         E, mesmo o autor se referindo à relação interpessoal de indivíduos, no sistema socioeconômico global de capital essa mesma perspectiva acontece em âmbito nacional. Influencia o modo pelo qual os países interagem entre si e, assim como o sistema capitalista produz a luta de classes, na esfera global ele fundamenta a Teoria Marxista da Dependência, pensada por Rui Mauro Marini, ao estudar a relação dos países periféricos  - e, especificamente a América Latina - com os centrais. Ela busca compreender, através da história,  as consequências sociais, econômicas e toda forma de limitação desenvolvida pelo imperialismo de potências mundiais imperialistas, que estabeleciam um mecanismo de dominação a fim de explorar a riqueza dos dominados. Além disso, estabelece critérios ao discorrer sobre a reprodução do sistema capitalista de produção na periferia, já que esse sistema cria desigualdades que são intensificadas pelo desenvolvimento de alguns países através do subdesenvolvimento de outros.
      O Marxismo é teorizado principalmente no Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, traduz cientificamente quais os ideais do comunismo ao propor o fim dos interesses burgueses, sua propriedade privada, sua exploração, seus proletários. Com essa finalidade, tenta reproduzir o sentimento homogêneo que sentem os atingidos pelas relações de classe e Uni-vos¹ para a revolução. O Manifesto Comunista é parte de um princípio e de uma crença: pressupõe a existência de um sistema socioeconômico sem exploração e crê no poder do proletariado como a força do movimento.
       O fato de que o homem moderno tenha se acostumado a perder não significa que não exista outra possibilidade. Sua acomodação é só o que impede uma percepção crítica do sistema capitalista no âmbito individual e global e uma união de forças que permita a mobilização. Ao contrário do que se imagina, alienação não é qualquer modelo de ideologia; é a aceitação passiva. 

Na proporção em que a exploração de um indivíduo por outro termina, a exploração de uma nação por outra também terminará.²

Homens modernos de todo o mundo, uni – vos.

Notas :
1. Proletários de todos os países, uni-vos! (MARX; ENGELS, 2011, p. 47).
2. (MARX; ENGELS, 2011, p. 31).

Bibliografia:
BAUMAN, Zygmunt. Em Busca da Política, Zahar: Rio de Janeiro, 1999.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista, Paz e Terra: Rio de Janeiro, 2011.

Pedro Henrique Evangelista Durte; Edílson José Graciolli. Pedro A TEORIA DA DEPENDÊNCIA: INTERPRETAÇÕES SOBRE O (SUB)DESENVOLVIMENTO NA AMÉRICA LATINA. Aluno de graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia e Professor do Departamento de Ciências Sociais/Faculdade de Artes Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia.

Introdução à Sociologia - aula 8 
Karla Gabriella dos Santos Santana, 1º ano Diurno

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