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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sem forças para qualquer revolução

(Fonte: G1. Acesso em 19/07/2015.

O fim da União Soviética, a abertura da China ao mercado capitalista e as dificuldades sociais enfrentadas por países subdesenvolvidos que optaram por algum tipo de sistema político socialista, são exemplos históricos do insucesso das tentativas de se alcançar uma organização política que se aproximasse do modelo comunista. Mas se as previsões de formação de um Estado do proletariado parecem se tornar cada vez mais improváveis, por outro lado, não é possível negar que a análise de Marx acerca do capitalismo é de grande importância para se criar uma compreensão sobre a expansão do sistema econômico baseado no livre mercado e sobre os fenômenos internos que ocorrem nesse sistema.

É interessante como Marx, em seu Manifesto Comunista de 1848, já se referia a um mundo tomado pelo sistema burguês, um mundo à sua imagem e semelhança, marcado pela exploração do mercado em escala global, pelas rápidas transformações dos sistemas de produção, pelo progresso dos meios de comunicação e pela concentração da propriedade (e, por consequência, da riqueza) em poucas mãos. E como esse mundo entraria em colapso por uma série de razões.

De fato, desde então, tem se confirmado as suas previsões acerca da evolução do cenário político-econômico em escala global (a tecnologia, como a internet, e a indústria cultural têm catalisado de forma dramática esse processo). Além disso, a história tem sido marcada por crises econômicas estruturais importantes, por exemplo, como a da década de 30 (Quebra da Bolsa de Nova Iorque), a da década de 70 (choques do petróleo) e a de 2008, em razão da bolha no sistema de crédito imobiliário americano.

A crise atual de alguns países da União Europeia, mais notadamente a da Grécia, que remonta ao abalo de 2008, parece colocar à prova, mais uma vez, a capacidade do sistema capitalista de se reestruturar e de dar solução às demandas sociais desses países. Provavelmente, momentos como esse, em que as tensões sociais se elevam, seriam as oportunidades vislumbradas por Marx para uma revolução. Mas, tomando o exemplo grego, a classe trabalhadora não dá sinais de que esteja organizada e disposta a dar um rumo diferente, seja à sua economia, seja à sua política.   

Fernando – 1º Ano Direito Noturno (texto sobre a análise do capitalismo de Marx)

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