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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Manifesto2000

Ao olhar-se no espelho
Tirando a areia dos olhos
Percebeu no mundo uma contradição
E o espectro que rondou a Europa
Residia um pouco em seu coração.

Se questionou de como podia
Depois de passado tanto tempo e tanto chão
O que aquele livrinho dizia
Podia socar-lhe a cara
"O mundo é ainda assim, meu irmão"

Percebeu que em seu regime
De flexibilização
Quanto mais ele suava, menos ele comia
Notou também que não conhecia
Nem a fuça do patrão
Mas com certeza ele teria
Sem mágoa, arrependimento ou melancolia
Um baita dum carrão
Que rodava sem gasolina. Com o nosso suor, irmão

Quis esquecer o livrinho
E a maldita contradição
Mas deles não podia se livrar
Não era camponês
E não sabia lavrar
Mas dentro do seu coração
Brotava um semente bela
Fruto da contradição

Ele viu que o lixeiro, o motorista e o carteiro
Seu chefe, seu primo e o garçom
A professora, o metalúrgico,  e o doutor
Eram tudo farinha da mesma classe
Embora alguns dissessem que não

Já era tarde
O mundo a sua volta lhe gritava pra esquecer a contradição
Mas mais alto era o chamado do livrinho
E da semente em seu coração

Ele postou na internet
Poderosa Comunicação
Pra tentar que os outros vissem
Essa terrível situação
De que diziam que o mundo a nossa volta
Era uma coisa, mas não era não

"Escutem todos, meus amigos
Não importa país ou região
O espectro que rondou a Europa
Ainda reside em nossos corações".


Giovanna Narducci Turoni
1o ano Direito Diurno


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