Desde o início de sua jornada na Terra, o ser humano luta pela sobrevivência, por mais escassas que sejam essas tentativas de resistência. Dependente do seu primeiro dia até, como em certos casos, sua idade mais avançada, o homem precisa do próximo para ter uma vida relativamente boa. Entretanto, será que todo esse caminho que o indivíduo passa determina de fato seu futuro? E por quê não?
Adão e Eva, os pioneiros da história humana, relatados na Bíblia Sagrada, viviam em um espaço de plena paz e tranquilidade, estando sob a possibilidade de ter quase tudo. Sim, quase, pois Deus havia os advertido de que poderiam comer de qualquer árvore que desejassem, menos àquela dita do bem e do mal, que fariam os dois morrer. Nesse sentido, sabendo que iriam ter tudo, apenas ´não podendo obter aquilo, qual a razão de tanta ânsia justamente por aquela parte proibida do Jardim? No final de tudo, condenando não só a si mesmos como a todas as gerações seguintes. os dois tiveram que suportar a consequência de atos, tal como passar pela morte física, ter seu tempo neste mundo limitado, tudo por causa de uma palavra que pesa, e este pode ser sentido de forma benéfica ou não: a escolha.
Os seres vivos, os que de fato raciocinam e refletem sobre seu estilo de vida, foram completamente dotados do chamado livre arbítrio, tornando-se, assim, completos responsáveis por cada colheita feita de sua semeadura de decisões anteriormente feitas, sendo possível avistar este feito através dos mais de milhares de casos diários nos jornais ou outros em que pessoas das mais diversas ultrapassam as dificuldades e chegam ao pódio tão esperado.
Marx, filósofo estudioso, foi astuto ao afirmar em seu livro A Ideologia Alemã que “ A maneira como os homens produzem seus meios de existência depende, antes de mais nada, da natureza dos meios de existência já encontrados e que eles precisam produzir “.
Com lábia, Marx conseguiu conquistar uma vasta população de intelectuais, como Foucault, que transcreveram das mais variadas formas seus escritos, sendo o determinismo uma das mais fortes correntes que perspassam o estudo marxista.
Tirando a responsabilidade de suas ações e considerando todo ser humano - desde que não se dobre a alguma posição maior de autoridade, qual um empresário - como uma vítima do seu tempo, alguém influenciável ao ponto de não haver a possibilidade de saber o melhor para si. Nesse quesito, logo, combina com todos os autores até agora apreendidos - desde o primeiro ideólogo Comte até o teórico Marx- quando a pauta é manipular as massas através de um padrão fora dos parâmetros antes instituídos.
Marx, seja por ingenuidade ou por ganância, com escritos como o visto, simplesmente transformou o homem, tão aclamado por sua originalidade no Renascimento, em barro informe que precisa de um modelador.
Em suma, após análise de todos estes fatos, é fundamental que a chamada à individualidade do homem volte a ecoar na sociedade atual, pois, com esta, não só este irá crescer e obter um desenvolvimento, como irá estar sob a responsabilidade de si mesmo, podendo alcançar, assim a autonomia que Kant tanto sonhou.
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