A teoria de Marx e Engels vem para romper com toda a construção da filosofia até então feita, eles criticam fortemente esse idealismo filosófico dos pensadores anteriores a eles, como Hegel e Kant, e passam a querer que a filosofia passe por uma mudança com o Materialismo Histórico e Dialético, na qual ela parasse de estudar o mundo idealizado de uma sociedade e passasse a estudar a vida real, a realidade alemã vivida por eles e que essa filosofia fosse a filosofia da realidade social de sua época. Junto com isso, Marx e Engels trazem a visão da burguesia que contém o monopólio dos meios de produção e assim, segundo a lógica de superestrutura e infraestrutura, controlam a economia e a ideologia presente na sociedade.
Assim podemos interpretar a nossa sociedade atual, que com base nos paradigmas impostos pela sociedade burguesa são passados até mesmo para os proletariados, como acontece dos proletários e trabalhadores de baixa renda que defendem as reformas neoliberais, que apoiaram a nova CLT e que apoiam até os dias atuais o governo Bolsonaro. Desse modo, Roberto DaMatta escreve no seu livro “A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil” cita que no Brasil existe um discurso próprio do cidadão de bem, cristão e brasileiro que consegue misturar dois discursos que não se misturam, a igualdade formal presente na Constituição, que não condiz nem um pouco com a realidade, e a nossa sociedade hierarquizada do jeito que é, mantendo a hierarquia com base no discurso da igualdade, que, dessa maneira, dita as estruturas do Brasil sendo esse o discurso das elites que influenciam a opinião pública e muitos dos discursos da população.
Gabriel Goes Rosella
1 ano de Direito Noturno
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