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segunda-feira, 20 de junho de 2022

O Estado Burguês

Marx e Engels à frente de um projeto de unidade entre a teoria e a prática revolucionária a fim de socializar as ideias e lutas comunistas, expuseram a sua crítica às teorias de Hegel, principalmente no que concerne a descrição da sociedade civil que, ao contrário do que é retratado por Hegel, não possui o Estado como centro da dinâmica histórica tendo em vista que se dá por meio da compreensão entre um conjunto da vida comercial, industrial e o desenvolvimento de forças produtivas dos indivíduos.

A partir disto, é argumentado acerca da descrição oferecida pelo filósofo que a sociedade civil apontada trata-se de uma comunidade representada pela liberdade burguesa, construindo assim um estado burguês em que o participantes colocam seus interesses particulares a frente, o que excluí os interesses coletivos de todos.

Sendo assim, é possível observar a instituição deste estado burguês desmistificado por Marx e Engels no mundo atual globalizado em que a desigualdade social reina, como é o caso do Brasil que foi considerado o país mais desigual conforme a pesquisa da instituição World Inequality Lab em 2021, que definiu que 10% da renda dos mais ricos, abrange mais de 59% da renda nacional total. Para mais, mesmo em um sistema capitalista em que todos devem trabalhar a fim de movimentar toda uma nação, este complexo abrangeu no aumento do acúmulo de capitas e na sua falta de distribuição, contradizendo o sentido de união de todos para a moldagem de uma sociedade, uma vez que apenas o seus individuais são colocados e relevância.

Portanto, a partir das evidências factuais da incidência de interesses e a luta somente pelos interesses individuais, é apontado um Estado Burguês intrínseco na sociedade contemporânea dado que, como afirma Marx e Engels, a universalidade trata-se apenas de uma forma ilusória da coletividade. 

Melissa Banin - Direito Noturno 

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