Émile Durkheim foi um sociólogo e cientista político que foi nomeado o pai da sociologia graças às suas teorias sociais. A mais conhecida e relevante delas é a Teoria do Fato Social, defensora de que o fato social (segundo o próprio Durkheim: “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter”) diz respeito às maneiras de um indivíduo agir e se comportar perante um grupo ou perante a sociedade como um todo. Para Durkheim e sua teoria, os fatos sociais exercem influência sobre as pessoas e, consequentemente, sobre seu modo de agir e pensar. Isso significa que os fatos sociais são exteriores aos indivíduos e exercem uma coerção fortíssima sobre eles.
Atualmente, há exemplos claros da existência da Teoria do Fato Social e da coerção que ela exerce sobre os indivíduos. Entre eles, pode-se citar o movimento antivacina(que já era notável e ganhou mais apoiadores pelo mundo principalmente após a descoberta da vacina para a Covid-19), um criador de teorias conspiratórias, negacionistas e divulgadores de fake news que possuem um objetivo: boicote às vacinas. Tal movimento influencia pessoas no mundo todo e moldam fortemente suas opiniões em relação às vacinas, seus benefícios e importância. Diante de tantas informações, aparentemente verídicas, e de muitos defensores do movimento, a coerção faz-se extremamente presente, visto que cada vez mais pessoas são induzidas a acreditar no movimento e passam a defendê-lo e repassá-lo para terceiros cada vez mais. Assim, enxerga-se a coerção social e, consequentemente, teoria de Durkheim, no seu mais puro aspecto, uma vez que cada vez mais pessoas são influenciadas a mudar de opinião e pensamentos graças a um fato cada vez mais apoiado e divulgado, seja ele verdadeiro e benéfico ou não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário