Em nossa vida cotidiana, somos cercados de diversos fatos sociais replicados pelos indivíduos. Muitas vezes, esses fatos criados por normas sociais, são levadas como verdade, sem constatação do porque existem, e para que servem. Como análise das ideias de Durkheim, gostaria de trazer um exemplo trazido por um aluno na sala, de como a coerção social se manifesta quando se resiste as regras da sociedade.
Resumidamente, o exemplo vivido pelo aluno era o seguinte: estavam ele e um "ficante" enfrente sua casa, enquanto estavam conversando próximos um do outro, os motoristas que passavam na rua olhavam com estranheza, quando os dois decidiram se beijar, os indivíduos que passavam de carro insultaram os dois, um ato de homofobia. (Peço perdão caso tenha esquecido alguma situação do exemplo ou distorcido alguma parte).
Em nossa sociedade, relacionamentos heterossexuais são vistos como norma social que dever ser seguida. Assim sendo, quando se depara com relações que não se encaixam nesse padrão, a sociedade enxerga uma anomia e usa da coerção social para tentar suprimir esse tipo de situação, para evitar que o "equilíbrio" se rompa.
Durkheim aponta de maneira excecional o papel dessa coerção, ela não serve apenas para punir os "anormais", mas para reafirmar a moral para os "homens honestos". Então, o que foi feito no exemplo acima, não teve motivação limitada a coibir o ato, mas sim reforçar a consciência coletiva da sociedade que aquilo de alguma forma é errado. E é assim que se multiplicam e se reforçam as ideias retrógradas, esse ato influencia as demais pessoas que estavam em volta a fazer isso com outros indivíduos que resistam ás regras sociais.
O triste exemplo citado acima reforça a importância de resistirmos ás regras sociais que nos ferem, pois o que é visto como delito hoje, pode ser enxergado como normal amanhã.
Vinicius Alves do Nascimento
1ºSemestre Direito-matutino
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