Corrente sociológica
surgida no século XIX baseada na aplicação de métodos científicos, surge com o
avanço da Burguesia, tendo influências da Primeira Revolução Industrial como também
do Iluminismo, em busca de conhecimentos verdadeiros sobre a sociedade.
Auguste Comte é
considerado o pai do positivismo, tendo como argumentação que o conhecimento científico
é o melhor conhecimento para identificar problemas sociais e compreender melhor
a economia, educação e sociedade; em busca de alcançar a ordem e progresso
através da ciência. Sendo assim considera que o estudo da sociedade deva ser
rigoroso tão quanto as ciências naturais, surgindo de tal modo a sociologia que
estuda a ciência universalmente válida, baseada na experimentação, explicação
dos fenômenos sociais e apoio ao conhecimento científico.
O positivismo valoriza
a ciência, tendo por objetivo fundar uma sociologia verdadeiramente científica;
deixando de buscar a essência das coisas como ocorria ao decorrer da Filosofia
Antiga. Agora ao relacionar fenômenos, tem como máxima a ideia Baconiana de que
“Somente são reais os conhecimentos que repousam sobre fatos observados”.
Pode-se considerar
o estado positivo como o último estágio da construção do conhecimento, sendo o
primeiro o teológico voltado a explicação do mundo a partir da experimentação comumente
relacionado a deuses e o segundo o metafísico relacionado a explicações relacionadas
a elementos naturais. Dentre suas leis, se obtém na lei estática condições orgânicas
de que dependem determinadas funções, podendo-se citar como exemplo normas, hierarquias,
moral e a família (presididas geralmente pelo teológico). E a Lei dinâmica que
se caracteriza como a marcha efetiva do desenvolvimento humano, ação efetiva. Sendo
assim a filosofia positivista representa a superação da ordem estática do
predomínio teológico, considerando ser a moral religiosa contrária a essência
da vida social moderna, tendo por sociedade algo passageiro.
Ao contrário da moral
católica o positivismo prevê a interferência da sociedade sobre o indivíduo,
levando a uma moral propriamente humana, assim a felicidade associada ao bem público
se sobrepõe ao individual de felicidade, sendo a solidariedade centro da organização
social positiva. O trabalho então passa a ser considerado como expressão privilegiada
da sociedade, sendo digno de reconhecimento, como se observa na doutrina
Calvinista, adotada por uma maioria burguesa.
O positivismo pode
ser observado dentre muitas situações a exemplo dos clássicos da literatura
brasileira como em “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo, que passa a retratar a
realidade como ela é despida de qualquer idealismo, como também na política tendo
sua máxima no escrito “Ordem e progresso” encontrado na bandeira nacional do Brasil.
Contudo há de se
considerar que nem sempre se alcança o progresso através do positivismo visto
que esse, apenas observa e relaciona fenômenos, não obtendo um papel crítico a
cerca dos fatos ocorridos, portanto deve-se questionar se há necessariamente que
haja ordem para que se obtenha progresso? Bem como se considerar o contexto em
que tais falas se aplicam, visto que ideal possa ser relativo e segregador.
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