Sob o contexto da proclamação da república e a implantação de um novo modo de governo, instaurou- se a necessidade de construir uma nova identidade para o Brasil. Visando a construção de uma unidade nacional, criou-se os símbolos da República, os figurativos, tal qual Tiradentes, e concretos, como o hino nacional e a bandeira, que contou com influência de uma grande corrente teórico filosófica: o positivismo.
Representada pelo lema gravado na faixa central da bandeira nacional, a teoria desenvolvida por Augusto Comte prega exatamente o que foi escrito na ocasião, “Ordem e Progresso”, ambos coexistindo de forma a manter a estabilidade da sociedade em questão. Baseada na racionalização da moral, buscava- se um mundo guiado pela razão, ordem e progresso, no qual os indivíduos ocupariam seus “lugares sociais”. O que propagava-se como uma nova perspectiva e análise da sociedade, todavia, se instaurou como mantenedor de um Status quo elitista, excludente e segregacionista.
Com o desenvolvimento do capitalismo e o crescimento de uma classe burguesa e operária ficou evidente as desigualdades entre as populações e os males que afligiam mais umas do que outras. Sob esse contexto, os movimentos sociais em busca de melhorias e reivindicações começaram a surgir, mas dentro do viés positivista propagado, tais passaram a ser considerados como “subversivos” e destruidores de uma organização social já vigente, o que não era positivo, uma vez que destruiria a ordem social e, consequentemente, minaria o progresso.
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