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domingo, 24 de abril de 2022

Comte, o Positivismo e o Cientificismo Materialista

   Para começar a falarmos acerca do Positivismo devemos salientar que ele teve sua origem no bojo da modernidade, período de intensas transformações, a ciência e a racionalidade ganham força com a Revolução Industrial, Revolução Francesa, Iluminismo, assim como grandes descobertas nos ramos da física e matemática. Nesse sentido, para explicar tais fenômenos socias, Auguste Comte inicia o desenvolvimento do Positivismo, o qual baseia-se na ideia de que todo progresso provém da ciência, mas diferente de Bacon e Descartes não seriam uma ciência sensorial, mas sim materialista. Dessa forma Comte formula sua Teoria dos Três Estados, para ele toda a sociedade passou por três estágios de conhecimento até atingir o seu grau máximo, ou positivo.

  O primeiro estágio seria o Teológico, nele as pessoas atribuiriam suas esperanças e suas explicações para os fenômenos em divindades, seres místicos e nos preceitos religiosos. O segundo deles ocorreria após um processo de evolução, o estado Metafísico, no qual os indivíduos buscariam respostas mais racionais para seus questionamentos. Por fim, Auguste Comte define um estado final, o mais alto e válido grau de conhecimento, o estado Positivo ou Científico, onde a ciência experimental resolveria todas as dúvidas, somente o conhecimento obtido pelo experimento material seria tido como verdadeiro e útil. 

Ademais, Comte acredita na existência de uma ciência neutra, ele tem fé na ciência como reguladora de todo progresso, mas na realidade o que temos é que a sociedade em sua construção possui elementos que podem alterar a dinâmica social, como por exemplos questões políticas, histórico - sociais, econômicas, entre outras. Ademais, não devemos colocar a ciência em um pedestal, afinal ela também nos proporcionou guerras, problemas ambientais e conflitos sociais.  

Por fim, gostaria de salientar que o fato de que, ser uma filosofia materialista a torna poderosa, talvez poderosa demais para a moralidade que temos, e de certa forma isso nos cega para certas coisas, como a nossa própria natureza, que não é material, são emocionais, são motivacionais, são conscientes, dependente de relações interpessoais, a ciência materialista não pode explicar essas qualidades humanas que especificam cada ser humano. 

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