O empirismo de Bacon
A ciência moderna tem como seus pilares
Descartes e Bacon, grandes filósofos que baseavam suas teorias na necessidade
de explicar a natureza íntima das coisas da forma como ela é, adicionada a
transformação do mundo. Francis Bacon (século XVII) criou seu método; que
consistia em estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos
sentidos e rejeitar o labor da mente; baseado no empirismo.
Para ele, há dois métodos: um destinado
ao cultivo das ciências e antecipação da mente, e outro destinado à descoberta
da ciência e interpretação da natureza. As antecipações da mente são bases para
o senso comum e possuem fácil aceitação. Já os verdadeiros filhos da ciência,
preocupados com a vitória sobre a natureza buscam a descoberta científica e
compreensão da natureza. O principal obstáculo ao avanço da ciência são os
equívocos dos sentidos, por isso, a compreensão das matérias invisíveis a eles
deve ser alcançada.
Bacon se opõe a Aristóteles ao afirmar
que para existir ciência deve existir experimentação, e que a razão deve ser
escrava da experiência (sistematizar os elementos essenciais), ou seja, que o
fator chave da razão é a observação e interpretação do mundo. Ele busca saber a
essências das coisas e superar as antecipações da mente, e vê a ciência como transformação
do mundo, que necessita vencer as convicções a partir da investigação.
Para que a ciência seja feita é preciso
evitar os ídolos, ou seja, as falsas percepções do mundo. Os ídolos de Bacon
são quatro, e podem ser observados até hoje. O primeiro é o ídolo da tribo, que
está relacionado às falsas noções do ser humano como indivíduo, assim como o recorrente
preconceito e discriminação entre etnias. O segundo é o ídolo da caverna, e diz
respeito às relações do homem, podendo ser vista no convívio familiar dentro da
nossa própria casa. O terceiro é o ídolo da foro (feira) e se refere à
influência das associações que o homem participa, exemplificada pela influência
que as instituições religiosas tem sobre os seus fiéis. O quarto e último ídolo
é o ídolo do teatro, que se vincula às representações teatrais, observadas nas
superstições que os homens acreditam, como por exemplo passar embaixo da escada
da azar, quebrar o espelho traz 7 anos de azar, entre outras.
Concluindo, devemos nos afastar dessas
percepções equivocadas do mundo e utilizar a experiência para alcançar a
verdadeira ciência que Bacon tanto almejava.
Amanda Barbieri
Estancioni
1º ano - Direito matutino
Introdução à sociologia - Aula 03
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