A fim de ilustrar o raciocínio baconiano, cujo intuito é melhorar a condição humana fundamentado no princípio de exercer o domínio sobre as forças da natureza por meio de descobertas e invenções científicas, é possível correlacionar seus preceitos ao desenvolvimento da agricultura, uma vez que o método indutivo proposto por Bacon refere-se à observação e da experimentação regulada pelo raciocínio indutivo. O conhecimento verdadeiro é resultado da concordância e da variação dos fenômenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real. Desta forma, alguns indivíduos de povos caçador-coletores, provenientes do período neolítico, notaram por meio da observação que alguns grãos, os quais eram coletados da natureza para a sua alimentação, poderiam ser semeados a fim de produzir novas plantas iguais às que os originaram.
Bacon pregava que o conhecimento cientifico daria à humanidade poder sobre a natureza, abrindo caminho para a prosperidade, o progresso social e o bem-estar humano. Para isso, advertia os cientistas quanto à necessidade de adotarem uma cuidadosa atenção aos fatos da natureza. A prática da agricultura permitiu o aumento da oferta de alimento, as plantas começaram a ser cultivadas muito próximas uma das outras. Isso porque elas podiam produzir frutos, que eram facilmente colhidos quando maduros, o que permitia uma maior produtividade das plantas cultivadas em relação ao seu habitat natural, levando a formação de aglomerados humanos com muito maior densidade populacional.
Ao longo do tempo as práticas agrícolas foram evoluindo devido ao advento de utensílios que facilitavam o cultivo, permitindo um crescimento exponencial da produtividade. Uma das maiores conquistas da agricultura contemporânea foi a invenção dos transgênicos, que permitem aumentar a produção, diminuir os custos, facilitar o manuseio, produzir alimentos com melhores qualidades, bem como a mecanização o faz.
Francis Bacon afirma: ''Se os homens tivessem empreendido os trabalhos mecânicos unicamente com as mãos, sem o arrimo e a força dos instrumentos, do mesmo modo que sem vacilação atacaram as empresas do intelecto, com quase apenas as forças nativas da mente, por certo muito pouco se teria alcançado(...)''.
Juliete
Araujo Zambianco
1º ano - Direito Noturno
Introdução à Sociologia - Aula 03
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