O direito e seu eterno retorno
A figura do Ouroboros (dragão ou cobra que devora a própria cauda) estudada por Nietzsche representa o movimento e o eterno retorno a um determinado ponto.Analogamente,o direito encontra-se em constante movimentação ao longo do tempo.Contudo,seu conceito mais básico deve ser preservado : assegurar "aquilo que é certo" a todos.
Em meio a palavras rebuscadas e ações muitas vezes lentas,marcadas pelo excesso de dogmas arcaicos,aqueles que não possuem acesso a um bom advogado ( a fim de agilizar a burocracia e se fazer ouvir) se vêem obrigados a criar uma "constituição" própria,com a intenção de abandonarem a condição de invisíveis sociais na qual estão dispostos.
Dessa forma,é por meio do embate diário e de manifestações sociais que o direito sofre sua metamorfose.Todavia,de forma insuficiente,fazendo com que muitos desses segregados o encontrem nas ruas,consolidando essas normas comunitárias que servem como um escudo para protegê-los da escassez de direitos e do excesso de deveres.
Independente das metamorfoses e das consequentes movimentações das leis,o direito deve ter seu eterno retorno para o seu ponto fundamental: proporcionar a todos uma vida digna e mais igualitária,longe da invisibilidade social.
Figura Ourobouros
Gabriela Losnak Benedicto - 1º ano Direito noturno
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