O grito social
Não foram poucos os abusos desferidos pela burguesia ao proletariado: carga horária desumana, condições de trabalho deveras precárias e salário irrisório são exemplos consistentes. Além disso, o proletariado passava gradativamente por um processo de divisão do trabalho, aos poucos, tornava-se cada vez mais limitado como que sucumbindo a amarras e vendas. A sociedade transformara-se num paradoxo maldoso: uma parcela minúscula e ociosa da sociedade gozava de riquezas enquanto a parcela majoritária se caracterizava por trabalhadores que sofriam na penúria.
Como é costumeiro na história humana, uma situação de extrema injustiça leva a pensamentos, ideias e revoltas. A problemática do abuso da burguesia não teve fim diferente. Surge o socialismo, vertente que visava ao fim dessa tirania econômica e pregava a igualdade entre os homens. Inicialmente, foi considerado utópico, pois, seus defensores, ainda que mostrassem uma sociedade ideal, não apontavam meios para que tal sociedade se concretizasse; a posteriori, passa a receber um caráter científico proposto por Marx e Engels, assim, o socialismo, ao invés de simplesmente descrever a situação ideal de sociedade, procura entender a dinâmica do capitalismo para, dessa forma, poder sobrepujá-lo.
Mais importante do que conceituar o socialismo, entretanto, é saber que tal pensamento não surgiu por simples bel-prazer e sim pela extrema necessidade de se superar um sistema econômico opressor. Dessa forma, o socialismo deve ser considerado como o grito desesperado de uma sociedade infeliz, a flor que desabrochava em meio à miséria, injustiça e todo o negrume do capitalismo propiciando ao povo uma esperança revolucionária.
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