O filme "Ponto de Mutação" utiliza-se de diversas metáforas no campo das ciências naturais para se referir ás ciências humanas. Composto por analogias entre o funcionamento do universo, a vida primava dos indivíduos e a própria sociedade, a obra tem como principal abordagem questionar o método cientifico então vigente, por um novo que passa a olhar para os processos ao invés de estruturas, ou seja, para sistemas de relações ao invés de partículas isoladas.
Desta forma, o filme tem como objetivo mostrar a saturação do método cientifico Baconiano/Cartesiano na sociedade atual, e a necessidade de ser substituído por um método mais adequado ao presente. Nas primeiras cenas do filme temos a discussão a respeito do "relógio", que serve de gancho para a critica ao pensamento cartesiano( o qual se admite no filme como a visão do homem a respeito do mundo). A metáfora do relógio representa “espelho” ou “modelo”, onde segundo a visão cartesiana, a natureza nada mais é do que um conjunto de engrenagens e cordas desempenhando cada uma uma função separada. A critica, sustentada pela cientista é de que, ao separarmos e analisarmos separadamente os eventos acaba-se por escurecer a mente do pesquisador a cerca de quais processos levaram a formação de tais fatos,e por fim ultimo causa injustiças e generalização da sociedade e da natureza.
Examinando a realidade como um todo, como um sistema integrado, e não de forma fragmentada e departamentalizada, pode-se tanto compreender melhor a causa os problemas (todos inter-relacionados), como, por conseguinte, trabalhar de forma mais eficaz a sua resolução.
Por fim é interessante notarmos que nenhum dos três protagonistas dispõe de uma visão completa a cerca do mundo, e por isso insuficientes. Ao passo que o politico tem uma visão muito simplista e mecanicista, o poeta e a cientista, embora críticos avios da politica, sequer votam, e com sua omissão não melhoram a sociedade existente.
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