Em uma primeira análise, é possível perceber uma correlação entre raça e o nível de educação de um indivíduo, em que os negros, pardos e indígenas são a parcela da população com a menor escolaridade no Brasil, devido a segregação social e o racismo estrutural. Muitas pessoas dessas minorias nunca receberam ou receberão oportunidades de ensino, e consequentemente, de empregos de qualidade, sendo presas no ciclo vicioso de trabalho degradante. Ou seja, independente do esforço, capacidade e competência de uma pessoa, seu sucesso vitalício muitas vezes já é definido pela cor de sua pele, tornando a ideia de meritocracia não verídica.
Dessa maneira, a aprovação da Lei de Cotas em 2012 no Brasil representou um marco importante na luta contra a desigualdade racial, reservando 50% das vagas nas universidades e institutos federais para pessoas PPI (preto, pardo e indígena) que cursaram o ensino médio público. Assim, as pessoas que são excluídas do tecido social desde o começo da colonização portuguesa no Brasil, recebem uma mínima possibilidade de crescer na vida e criar condições melhores para as próximas gerações.
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