O lema presente na bandeira brasileira, que rege o rumo da nação, a primeira vista parece-se com a ideia de constante melhora do país e de sua comunidade como um todo, no entanto ao analisar suas ideias postas na prática nota-se o privilégio de uma parcela, a qual define a ordem que será seguida e o que levará ao progresso, definindo aqueles considerados atrasados.
Nesse contexto, a ideia de ordem torna-se extremamente conservadora, visto que tem como essência ir contra as mudanças e preservar os ideais definidos por poucos, desse modo, o dinamismo da sociedade e sua evolução é perdido, ou seja, o progresso também é ironicamente perdido, especialmente voltado às questões dos movimentos sociais para que uma ordem ultrapassada e não representativa da comunidade não seja perdida.
Ademais, nas últimas décadas a ordem imposta está sendo ameaçada, com o levantamento de movimentos emancipatórios, além da presença de minorias em lugares não planejados para estas, seja politicamente ou profissionalmente. Logo, como reação a este progresso percebe-se uma movimentação para que estas mudanças sejam revertidas, com o avanço da extrema-direita mundialmente, a qual defende este conservadorismo, muitas vezes por vias antidemocráticas, como a esperança de alguns por uma intervenção militar no Brasil após as últimas eleições e a ata de um planejamento de golpe, a qual iniciava-se justamente com o lema “Ordem e Progresso”.
Em suma, é importante destacar a tarefa da sociedade em transcender os ideais positivistas defendidos por 49,1% da população brasileira, e buscar o verdadeiro progresso, devendo então realizar a subversão da ordem, e assim garantir melhorias para os indivíduos e não apenas uma renda maior para alguns selecionados.
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