O positivismo é uma corrente teórica pautada na diferenciação das civilizações de acordo com valores e princípios europeus; sendo esta sociedade a materialização do estágio positivo, ou seja, mais evoluída.
Sob essa perspectiva, surge então a base para ideias nacionalistas extremistas que incluem a pureza das raças, darwinismo social e consequentemente a exclusão de determinadas sociedades por serem consideradas atrasadas. Todo esse embasamento teórico foi historicamente responsável por fomentar grandes correntes de segregação, como o nazismo, e o xenofobia que facilmente pode ser percebida hodiernamente, seja dentro do próprio país-como ocorre com os nordestinos no Brasil- assim como com a construção de muros em fronteiras para evitar a entrada ilegal-como vemos na fronteira entre os EUA e o México.
Atualmente, tais comportamentos, por mais que pareçam retrógrados, são mascarados por ideais nacionalistas de proteção a economia e a cultura, muitas vezes utilizadas por políticos com o objetivo de conquistar a aprovação de seus eleitores conservadores. Assim, essa ‘’política positivista’’ atinge diretamente indivíduos que buscam melhores condições de vida fora de seus países, muitas vezes de maneira ilegal, seja por motivos econômicos, políticos ou religiosos.
Nesse contexto, o não acolhimento desses refugiados por conta de ideais positivistas, os condenam a uma vida ilegal nesses países, muitas vezes acompanhada de trabalhos em situações análogas a escravidão-por não conseguirem empregos por falta de regularização de seus documentos- assim como a supressão de diversos outros direitos e o medo constante.
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