No entanto, infelizmente inúmeros preconceitos fazem parte da consciência coletiva até a atualidade, como evidencia Grada Kilomba ao questionar a falácia comumente propagada pelo corpo social quanto a universalidade e a legitimidade da ciência feita por brancos devido exclusivamente à etnia dos cientistas, enquanto a ciência das pessoas pretas é dada como subjetiva e logo é desconsiderada. Além disso, Grada também coloca em pauta o silenciamento de pessoas por causa de etnia, sexualidade e gênero, já que a consciência coletiva impõe que apenas homens héteros e brancos podem produzir conhecimento e ainda detém a “imparcialidade” como pano de fundo.
Ademais, aqueles que ousarem resistir sempre sofrem reações punitivas que buscam “restabelecer” a norma a fim de evitar a quebra do equilíbrio, o que Durkheim denomina “anomia”, que significa a deteriorização das regras que mantém a coerção social. Para exemplificar, é possível citar o apedrejamento de mulheres que cometiam adultério em praça pública na Antiguidade com o intuito de servirem de exemplo para que outras cidadãs não repetissem tais ações, o que conservaria a ordem. Dessarte, um pensamento comum do corpo social está presente há séculos e ainda permanece na atualidade, sendo exterior e imposto ao indivíduo.
Gabriela Carvalho Granero - 1° ano direito matutino
RA 231223757
Nenhum comentário:
Postar um comentário