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domingo, 9 de abril de 2023

A consciência coletiva: colonização e corpo social doente

No livro "Memórias da Plantação", a escritora Grada Kilomba incita e reflete em suma dos lugares sociais, em que evidencia um notório objeto de apagamento acerca do lugar de fala, tal qual, foi procedente dos vestígios da colonização e fomentado pela dominação de uma voz universal.
Nesse sentido, ela questiona: "quem pode falar?", tendo em vista que, a branquitude que tem voz dentro de espaços acadêmicos e de esferas políticas. Diante disso, percebe-se que esse questionamento rumina numa ‘’territorialização do saber’’, pois se num mundo onde a Ciência Moderna faz com que o conhecimento seja poder, logo as pessoas que não possuem voz nesse espaço são empurradas para as margens juntamente com o silêncio.
Ademais, o sociólogo Émile Durkheim aponta que a sociedade sempre vai sobressair ao indivíduo, de tal forma que pode ser até comparada a um ‘’corpo biológico’’, um organismo vivo que se desenvolve e coexiste num mecanismo de solidariedade.
Portanto, a partir de que momento esse órgão social, tal qual, possui uma consciência coletiva regida por uma cultura de ideias morais e normativas, vai ‘’legitimar’’ a voz das pessoas submetidas às margens? Porque, infelizmente, a coesão proposta por Durkheim não se concretiza numa realidade apresentada por Grada, onde a margem e o silêncio afetam e adoecem há tanto tempo esse corpo social.

Melissa Estevam dos Santos – 1° Ano de Direito (noturno) – RA: 231224321

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