Nas universidades,especialmente no século XXI,com a ampliação das diversidades existentes entre os discentes, a prática de ensino,particularmente na graduação em direito,deve convergir para um propósito amplificador que não se afaste das realidades sociais enfrentadas pelos alunos, e que se proponha a expandir seus horizontes e visões sobre o presente contexto histórico justamente através dessas vivências de cada estudante,seja no âmbito particular ou no coletivo em que se insere.Essa expansão proposta se relaciona com o conceito de ``Imaginação Sociológica´´ desenvolvido pelo estadunidense Charles Wright Mills, no qual é preciso refletir acerca do fazer cotidiano como resultante de um longo processo sociológico de entrelaçamento do indivíduo com seu momento dentro da história e seu contexto particular.
Entretanto,nota-se ainda grande resistência de parte do corpo civil quanto ao novo conhecimento que gradualmente vem sendo gerado pelos polos acadêmicos.Esse fenômeno baseia-se na noção de antecipação da mente(senso comum),de Francis Bacon, o que promove a disseminação em massa de esteriótipos.Esses, por sua vez, apenas podem ser contidos com a produção dessa nova ciência a partir da comunhão entre a sociedade e os universitários, não podendo,portanto, ficar acessível apenas a um seleto grupo de pesquisadores ou estudiosos.
Por conseguinte, a fim de que a produção de conhecimento seja renovada para estar em consonância com o panorama atual, o contexto histórico dos discentes precisa ser levado em consideração, não somente para refletir suas diversidades como também para explicitar que na atuação do pesquisador a sua subjetividade é indissociável do seu projeto e assumí-la é um ato de responsabilidade.Ademais, a quebra do senso comum que assombra a universidade apenas se dará com o movimento oposto à retenção do conhecimento científico.
Guilherme Ferreira Ghiraldelli-1° ano Direito(matutino)
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