Durkheim
define o fato social como “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de
exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; que é geral na extensão de uma
sociedade dada, apresentando uma exigência própria, independente das
manifestações individuais que possa ter”. É aquilo que já está cristalizado,
regras coercitivas impostas pela sociedade; caracterizadas pela impossibilidade
de se fugir delas. E sua coerção se torna mais evidente quando tentamos
resistir às regras sociais.
Fomos
jogados num mundo já pronto. Não há nada de novo que possa ser criado aqui. O que
viemos fazer por aqui então? Tudo já está bem posto, organizado e fixado, ao
meu ver. Minhas ações, minha personalidade, minhas tentativas falhas de quebrar
com os padrões que encontro por aí. Não tenho essa escolha de individualidade:
a única escolha que posso fazer é decidir a qual grupo quero pertencer, qual
conjunto de estruturas quero seguir.
Ai
de mim se ousar fugir dessa estrutura; aí então sentirei o peso da coerção da
sociedade sobre mim. Logo ela, que tão discretamente sempre “me guiou” nesse
mar de possibilidades de estruturas pessoais. São tantas variações, tantos
caminhos, que nunca percebi essa estrutura restrita. E ela é tão boa em sua
argumentação que conforta a todos.
Júlia Veiga Camacho
1º ano Direito Diurno
Nenhum comentário:
Postar um comentário